Caros Leitores,
Após alguns meses de "stand-by" do blog, regresso hoje com um tema que tinha prometido falar, mas que acabei por ainda não o fazer - o futebol, o desporto rei; o desporto que move multidões, paixões, que anima o mais desanimado dos seres humanos; que faz esquecer, por momentos, os problemas do dia-a-dia e que, por estas razões, é um dos grandes negócios dos novos tempos.
Assistimos, esta semana, a um espectáculo grandioso no mítico Estádio Santiago Barnabéu, no qual 85 mil pessoas no local (e, porventura, mais uns milhões fora dele) elevaram quase ao estatuto de Deus um português, um "mero" ser humano de 23 anos, cujos seus serviços custaram a pequena quantia de 94 (!!) milhões de euros - Cristiano Ronaldo de seu nome.
Tenho ouvido e lido ao longo do último mês que a quantia envolvida é "ridícula", "lamentável", "uma afronta à pobreza"...
É verdade que vivemos numa profunda crise sem fim à vista, é verdade que as dificuldades em ir sobrevivendo aumentam perigosamente, é verdade sim!
Mas, meus caros, também é verdade que, numa altura de crise, o Bom Investimento é necessário, o investimento cujas expectativas de retorno são reais.
É é isso que acontece no futebol, é isso que acontece no negócio galáctico "Cristiano Ronaldo". O investimento foi, sem dúvida, enorme mas o retorno esperado é, também sem dúvida, ainda maior.
Para além do retorno desportivo que CR9 pode ajudar o Real Madrid a alcançar, o retorno financeiro (equipamento desportivo, publicidade...) é praticamente adquirido.
Um exemplo comprovado deste sucesso foi a transferência de David Beckham para o LA Galaxy, dos EUA, numa zona do globo em que o futebol até nem é o desporto favorito dos habitantes...
Noutra perspectiva, a transferência de CR9 tem (e não escrevo "deve" mas sim "tem") de orgulhar todo e qualquer português.
Uma coisa é não gostar da personalidade, maneira de ser, atitudes do homem Cristiano Ronaldo (grupo no qual me incluo!), outra (errada, na minha modesta opinião) é desprezar a sua qualidade desportiva e o saudável mediatismo que o seu percurso tem dado ao nosso pequeno país, ao nosso Portugal.
Espero as vossas opiniões,
Rui Jacinto