quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Eleições Legislativas – A minha análise do resultado

As eleições legislativas do passado dia 27 tiveram um resultado já esperado, sendo que, desta feita, as sondagens não erraram por muito, recuperando alguma credibilidade após o completo falhanço na previsão dos resultados das eleições para o Parlamento Europeu.

Na minha opinião, o que mais marcou estas eleições foi a não capacidade do PSD, atualmente segunda maior força partidária em Portugal, para ganhar os votos que o PS perdeu, que foram divididos pelo CDS, BE e…abstenção.

Como também já era esperado, o PS perdeu a maioria absoluta que teve durante os últimos 4 anos, o que irá limitar significativamente a sua atuação no próximo mandato, visto que terá que encontrar soluções juntamente com algum (PSD ou CDS) ou alguns partidos da oposição.

Assim sendo, os grandes vencedores foram o CDS e o BE, visto que a CDU continuou como estava, o PS perdeu um grande número de deputados e a maioria absoluta (tão desejada por José Sócrates) e o PSD, apesar de ter ganho 1 ponto percentual em relação às últimas legislativas, foi derrotado duma forma bastante significativa e, até, frustrante, tendo em conta as enormes críticas que o governo PS tem sido alvo e a crescente (e bem visível) contestação social.

Ora, o PSD acaba de perder uma oportunidade enorme para voltar ao governo, quem sabe até com maioria absoluta…

Por fim, não posso deixar de dar os Parabéns a CDS e BE pelo grande aumento de deputados em relação às últimas legislativas, resultado da excelente campanha e da excelente capacidade de liderança e de comunicação dos seus líderes e, também, ao PS porque quem fica em primeiro é sempre vencedor…

Rui Jacinto



quinta-feira, 17 de setembro de 2009

VOTAR é um Direito...e um Dever!

Antigamente, o direito a Votar não passava duma utopia, não era possível escolher qualquer representante, falava-se em falta de democracia... que realmente existia!

Depois, o Voto, apesar de ser um Direito, era limitado a mulheres, falava-se em falta de justiça...concordo!

Agora, o Voto é Universal, é um direito de todos cidadãos com mais de 18 anos e sem deficiências que o impeçam...é justo!

Supostamente, e pela lógica, TODOS deveriam exercer o seu direito de voto, o que quase aconteceu nas primeiras eleições após o 25 de Abril ("apenas" cerca de 8% de abstenção, o que já era muito para um povo que exigia a liberdade e o direito de escolha)...

Hoje em dia, a abstenção varia entre 50 e 60%, o que é trágico (e triste)...
E o que significa isto?? Significa que os nossos líderes são decididos por menos de metade dos eleitores, ou seja, o Partido vencedor é a Abstenção!!

Ora, eu até compreendo que a conduta dos partidos políticos não seja a melhor, que a população esteja saturada de falsas promessas, de suspeitas... Mas, TODOS têm o Direito de se envolver na actividade política, de expressar as suas ideias, de apresentar candidaturas...

Portanto, meus caros, vamos aproveitar o que os nossos antepassados tanto desejaram, tanto batalharam para que nós pudéssemos ter a liberdade para escolher os nossos lideres, para podermos ser os lideres... vamos VOTAR TODOS nos próximos dias 27 de Setembro e 11 de Outubro, independentemente do partido.

Se não acharem que há um melhor, votem no que acham menos mau MAS, por mim, por ti, por todos... VOTEM, o futuro do PAÍS está nas nossas mãos!


Rui Jacinto

Bússola Eleitoral

Caros Amigos,

A escassos dias da eleição mais importante dos últimos tempos, aconselho todos (indecisos e não indecisos) a fazerem um teste em
http://www.bussolaeleitoral.pt/.

Para além de interessante, as perguntas estão bem conseguidas e orientam o eleitor para o partido político com que mais se identifica.


Rui Jacinto

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Gripe A - A (perigosa) Força da Comunicação Social

Há uns meses, quando a crise económica mundial atingiu o seu auge, o Mundo foi informado duma nova doença, um novo tipo de Gripe, que terá atingido uma mutação tal que passou dos suínos para os Humanos.

Pouco tempo depois da deteçao de alguns casos, a Organização Mundial de Saúde declarou que poderiamos estar perante uma pandemia, deixando em alerta o povo.
Ora, algum tempo depois observamos que este novo Virus de Gripe tem uma taxa de mortalidade inferior à da gripe normal, demorando, em média, 3 a 4 dias a ser curado.

Contudo, o alerta continua, a Comunicação Social entretém-se a relatar diariamente o n.º de novos casos em Portugal, omitindo a percentagem dos "antigos" casos que já foram totalmente ultrapassados.
Com esta atitude, a Comunicação Social tem alarmado a população (sobretudo a menos culta e mais sensacionalista...), criando um clima de discriminação ridícula nalgumas zonas (chegando-se ao ponto de pessoas que já tiveram o Virus não quererem aparecer na televisão...)!

É óbvio que se deve tomar precauções, de modo a detetar rapidamente o virus e evitar a propagação do mesmo que, em último caso, poderá levar a uma paralisação parcial da população, o que pode acarretar custos enormes para o país, nomeadamente económicos, pois levará ao fecho de empresas, escolas, etc...

MAS, a obrigação da Comunicação Social não é só avisar, mas também manter a calma entre a população, não omitindo factos importantes e positivos, como o n.º de casos resolvidos e a (pequena) taxa de mortalidade.

Noutro âmbito, o Governo deve, rapidamente, arranjar soluções para evitar o caos em que se poderão tornar os Hospitais Públicos quando chegar Setembro, Outubro, altura em que a Gripe (a normal...) é frequente.
É essencial continuar a dar prioridade a doenças e situações realmente graves e procurar formas confiáveis para que a medicação do Virus da Gripe possa ser receitada por telefone, evitando (ou reduzindo...) o "tal" caos...

Concluindo, e porque acho preocupante a influência que a Comunicação Social exerce sobre a população portuguesa, aconselho todos a procurarem informar-se acerca dos verdadeiros factos da Gripe A, difundindo essas informações.


Rui Jacinto

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Futebol - Qual Crise?

Caros Leitores,

Após alguns meses de "stand-by" do blog, regresso hoje com um tema que tinha prometido falar, mas que acabei por ainda não o fazer - o futebol, o desporto rei; o desporto que move multidões, paixões, que anima o mais desanimado dos seres humanos; que faz esquecer, por momentos, os problemas do dia-a-dia e que, por estas razões, é um dos grandes negócios dos novos tempos.

Assistimos, esta semana, a um espectáculo grandioso no mítico Estádio Santiago Barnabéu, no qual 85 mil pessoas no local (e, porventura, mais uns milhões fora dele) elevaram quase ao estatuto de Deus um português, um "mero" ser humano de 23 anos, cujos seus serviços custaram a pequena quantia de 94 (!!) milhões de euros - Cristiano Ronaldo de seu nome.

Tenho ouvido e lido ao longo do último mês que a quantia envolvida é "ridícula", "lamentável", "uma afronta à pobreza"...

É verdade que vivemos numa profunda crise sem fim à vista, é verdade que as dificuldades em ir sobrevivendo aumentam perigosamente, é verdade sim!

Mas, meus caros, também é verdade que, numa altura de crise, o Bom Investimento é necessário, o investimento cujas expectativas de retorno são reais.
É é isso que acontece no futebol, é isso que acontece no negócio galáctico "Cristiano Ronaldo". O investimento foi, sem dúvida, enorme mas o retorno esperado é, também sem dúvida, ainda maior.
Para além do retorno desportivo que CR9 pode ajudar o Real Madrid a alcançar, o retorno financeiro (equipamento desportivo, publicidade...) é praticamente adquirido.

Um exemplo comprovado deste sucesso foi a transferência de David Beckham para o LA Galaxy, dos EUA, numa zona do globo em que o futebol até nem é o desporto favorito dos habitantes...

Noutra perspectiva, a transferência de CR9 tem (e não escrevo "deve" mas sim "tem") de orgulhar todo e qualquer português.
Uma coisa é não gostar da personalidade, maneira de ser, atitudes do homem Cristiano Ronaldo (grupo no qual me incluo!), outra (errada, na minha modesta opinião) é desprezar a sua qualidade desportiva e o saudável mediatismo que o seu percurso tem dado ao nosso pequeno país, ao nosso Portugal.


Espero as vossas opiniões,

Rui Jacinto

domingo, 29 de março de 2009

Juventude Portuguesa

Caros Amigos,

Para relembrar o Dia Nacional da Juventude (dia 28 de Março), resolvi escrever um pouco sobre nós: os jovens portugueses.

Vou procurar focar-me sobretudo na integração dos jovens na atual conjuntura económica em Portugal.

Como todos sabemos, vivemos num ambiente de profunda crise económica a nível mundial, nunca antes verificada que, aliada à irresponsabilidade de alguns governantes, coloca o futuro das novas gerações em risco…
Ora, vivemos num país em que o número de jovens licenciados sem emprego aumenta exponencialmente dia após dia, semana após semana…
Cada vez mais, o investimento feito num curso superior corre o risco de não ser recuperado, isto é, cada vez menos garante um emprego no futuro, e já não falo aqui de “bons” empregos, mas apenas de ter uma oportunidade de mostrar as suas capacidades.

Na minha opinião, a primeira coisa a fazer é mudar as mentalidades da população, mudar a ideia de que todo e qualquer jovem deve frequentar um curso superior.

Para que isto aconteça, é essencial tentar alterar duas questões, uma da responsabilidade directa dos governantes e a outra dos próprios jovens.

Por um lado, o Estado deve ponderar seriamente reduzir de forma considerável o número de cursos e vagas anuais no ensino superior (uma razoável parte dos cursos têm pouca ou nenhuma utilidade prática…), contrabalançando esta redução com o aumento da oferta de cursos profissionais direccionados para profissões que são cada vez mais raras mas, ao mesmo tempo, são extremamente importantes para um harmonioso funcionamento duma sociedade, como são os casos de cozinheiro, electricista, mecânico, pedreiro, entre muitas outras…

Por outro lado, é essencial que os próprios jovens tenham uma mente mais aberta e menos preconceituosa, “aceitando” desenvolver os seus “skills” em áreas desta natureza (“menos reconhecidas” – diz o povo), caso não se adaptem a áreas mais intelectuais, que impliquem a frequência dum curso superior.

É importante, meus caros, que se mentalizem que estamos num mundo extremamente competitivo em que a adaptação a novas circunstâncias e a capacidade de realizar várias funções são cada vez mais importantes e valorizadas pelo mercado de trabalho.

Em suma, estamos num período de extremo pessimismo e desconfiança geral que pode colocar em risco a sustentabilidade da NOSSA geração, que pode limitar seriamente as nossas actividades, as nossas oportunidades, o nosso bem-estar!

É essencial lutar pelos nossos direitos, expor as nossas ideias e, acima de tudo, compreender as
dificuldades do mundo em que vivemos…

E vocês, o que acham do nosso futuro? Como pensam reagir às dificuldades??


Até breve,

Rui Jacinto

domingo, 22 de março de 2009

Casamento Homossexual

Muito Boas Tardes,

Num altura em que está disponível no blog uma sondagem sobre o "nivel de concordância" com as questões homossexuais, vou expressar a minha opinião sobre este complexo e controverso tema.

Antes de mais, é importante explicar a expressão "nivel de concordância". Ora, na minha opinião, parece-me que se devem levantar várias questões sobre este tema, não se podendo resumir ao simples concordar ou não com a homossexualidade.

Primeira Questão: O que acha (a nivel natural) da homossexualidade? Deve ser respeitada?
Deve! Num Estado de Direito, não pode haver qualquer tipo de discriminação!! Ninguém deve ser discriminado apenas porque tem preferências sexuais diferentes! Contudo, a homossexualidade é contra-natura (isto é, não há reprodução e continuação da espécie humana entre casais homossexuais). Logo, quem o é deve respeitar quem não é, ou seja, deve compreender essa "diferença" e não procurar violar susceptibilidades, pois "a liberdade dum acaba quando começa a do outro".

Segunda Questão: Concorda com o casamento homossexual?
Depende! Concordo apenas se, e só se, fosse rectificada a lei que permite a adopção de crianças por parte de casais, pois a falta de especificação sobre a sexualidade daria automaticamente os mesmos direitos sobre a adopção de crianças e, nesse aspecto, discordo claramente. Se realmente existisse esse "cuidado", concordo com o casamento pois acho que os homssexuais devem poder usufruir dos direitos e deveres LEGAIS de serem casados, se assim o entenderem.

Terceira Questão: Concorda com a adopção de crianças por homossexuais?
Não, de todo!! Esta parece-me a questão mais fácil de justificar até porque, até hoje, apesar de respeitar opiniões contrárias, não acho que nenhum dos argumentos do "sim" seja suficientemente forte...
Ora, quais os argumentos mais usuais do "sim"?
1) "Sendo possível a adopção, à luz do Direito, por uma pessoa sozinha, é possível que essa pessoa seja homossexual e, até, viva com um parceiro do mesmo sexo":
Primeiro, é uma interpretação falseada da lei e realmente não é possível saber a sexualidade das pessoas (acredita-se nos factos...). Segundo, lá por já existirem alguns casos resultantes dessa interpretação da lei, não é razão para ser liberada pois, caso contrário, tudo o que já existe ilegal e não se consegue controlar legaliza-se, "instaurando-se" uma anarquia!!!
2) "É preferível as crianças viverem com pais homossexuais do que num orfanato, pois são mais amadas":
É?? Até que ponto? Até que ponto é que o "trauma" com que uma criança pode ficar sendo "diferente" dos colegas de escola, dos colegas de futebol (não nos podemos esquecer da "maldade" das crianças...) não será maior do que o "trauma" de viver numa instituição de acolhimento, desde que tenha as minímas condições para uma boa infância?? Até que ponto é que o facto duma criança ter dois "pais do mesmo sexo" não influenciará a sua sexualidade?? Até que ponto é que não será trágico para a sustentabilidade da espécie humana haver cada vez mais casais com impossibilidade de assegurar a reprodução?? Começar-se-à, no longo prazo, a caminhar para uma geração de humanos em que a maioria foi feito por máquinas (inseminação artificial) ?? Até que ponto não será mais proveitoso melhorar as condições dos orfanatos e, mais importante ainda, facilitar a adopção por casair heterossexuais, diminuindo as questões burocráticas?? Aliás, com a liberalização do aborto a tendência lógica é a diminuição das crianças abandonadas...

Para além disto, parece-me que uma razoável parte da população homossexual tem um comportamento demasiado radical, querendo implantar à força as suas ideias, não respeitando as questões éticas e morais que envolve este tema.

Em suma, não concordo com a discriminação mas não acho que tenha que ser imposta à sociedade uma liberdade total para aceitar os mesmos comportamentos de homossexuais do que os heterossexuais. Noutra perspectiva, concordo com o casamento desde que os direitos legais não impliquem a liberdade de adopção, algo que discordo profundamente.

Espero pelos vossas opiniões, as quais irei, como sempre, respeitar, mesmo que divirjam totalmente da minha.


Um bem haja,

Rui Jacinto